NUNCA FECHE PORTAS

Luiz Marins

Meu conselho é o de que você tome muito cuidado para nunca fechar portas.

Lembre-se que o mundo gira, a fila anda e uma decisão emocional num momento em que você esteja com a cabeça quente, pode fazer com você tome algumas atitudes que poderão fechar para sempre portas que você precisará abrir no futuro e aí não terá como abri-las.

Em minhas muitas décadas de consultoria tenho visto isso acontecer com uma grande frequência.

Há pouco tempo vi um caso em que um supervisor foi dispensado injustamente de um emprego por um novo gerente que o via como um competidor. Ao sair, esse supervisor “armou um barraco” com todos da empresa, falou muito sob o impacto de uma forte emoção. Poucas semanas depois, aquele gerente que havia dispensado o supervisor foi demitido da empresa e aquele ex-supervisor foi cogitado para ser recontratado como gerente no lugar do que foi demitido. Por causa do comportamento emocional na saída e de tudo o que falou, ele fechou essa porta definitivamente e a empresa decidiu que ele não deveria ser chamado de volta.

Assim como esse, conheço dezenas de casos semelhantes.

Empresas que fecham portas com fornecedores por causa de um problema pontual é muito comum, criando um enorme problema futuro para a empresa.

Em nossa vida pessoal também temos que tomar muito cuidado com decisões comandadas por uma forte emoção do momento. Casamentos desfeitos; amizades perdidas; famílias separadas; desavenças entre irmãos, pais e filhos etc.

Assim, muito cuidado para nunca fechar portas.

A grande lição da minha experiência como consultor é a de que quem deixa sempre portas abertas, quase nunca se arrepende. A gente nunca sabe o que poderá acontecer no futuro e quem deixa portas abertas poderá usar essas portas a qualquer momento que a história exigir.

Pense nisso. Sucesso!