Escrito por Luiz Marins
Que tal fazer das sextas-feiras, o no e-mail day ou o dia sem e-mail ? Muitas empresas já fazem da sexta-feira o chamado casual day onde todos podem ir sem terno e gravata. Por que não um dia sem e-mail?
Mas, por que um no e-mail day?
Simplesmente porque muitos problemas poderiam ser evitados ou solucionados definitivamente se as pessoas falassem direta e simplesmente com os responsáveis, imediatamente, oralmente, olho-no-olho ou mesmo por telefone, fazendo aquilo que só o ser humano é capaz falar.
E é preciso que nos lembremos que o homem brasileiro é oral e auditivo. O brasileiro comum não compreende, com facilidade, textos com períodos compostos por subordinação, por exemplo. Somos pouco visuais e menos ainda letrados.
Sempre conto um fato que presenciei numa grande empresa brasileira. O gerente chama o supervisor e, mostrando um memorandum, pergunta:
– Você leu este memorandum?
– Li, sim senhor.
– Você não viu que tinha data, prazo, instruções, etc.?
– Vi, sim senhor.
– Então, por que não fez o que estava escrito aqui???
– Ninguém falou nada!! Estive com o senhor várias vezes depois de ter recebido este papel e o senhor não falou nada achei que não estava valendo mais….
Este fato pode parecer anedota, mas é verídico! Para que a comunicação realmente ocorra no Brasil ela deve ser oral e, apenas, confirmada por escrito.
O verdadeiro vício do e-mail desnecessário precisa ser combatido. Outro dia vi um funcionário falando a outro, sentado a seu lado no escritório:
– Leu o e-mail que acabei de mandar para você?
Pense nisso. Volte a falar. Volte a conversar. A resolver os problemas comunicando-se com o meio mais rápido que existe quando a pessoa está disponível em nossa frente ou do outro lado de uma linha telefônica falando.
Afinal, como diz o ditado: Falando a gente se entende…
Pense nisso. Sucesso!